13/01/2008 - Tribuna do Norte
Padre Vicente Laurindo de Araújo - MSF
Na formação e desenvolvimento das civilizações que constituíram a história da humanidade a alternância entre tempo de trabalho e tempo de descanso é uma realidade demonstrável. Varia, apenas, o fator tempo: se o repouso é diário, semanal ou anual.
O que veio se consolidando em termos de direitos e deveres é resultado de lutas, negociações e conquistas que aconteceram, em tempos e espaços culturais muito diferenciados e conflituosos, com destaques para a presença decisiva de fatores: míticos, cívicos ou religiosos. O Gênesis fundamenta, em Deus mesmo, a necessidade de pouso, após a Sua jornada criadora de uma semana: “No último dia, Deus concluiu toda a obra que tinha feito; no sétimo dia repousou de toda a obra que fizera.” (Gên. 2,2-3).
Neste artigo se concebe férias como: ‘ Certos números de dias consecutivos destinados ao descanso de funcionários, empregados, estudantes etc, após um período anual ou semestral de trabalho ou atividades.
Já o ‘ócio’, também descanso, vagar, implica mais desocupação, indolência, preguiça, apresentando conotação pejorativa. Os gregos chamavam de ‘ócio útil’ um tipo de educação artística e esportiva, mais que intelectual e técnica, dada à aristocracia de Atenas, orientada para a estética, à política, com que a nobreza desocupada, preenchia seu tempo. Cultivava o Belo- ‘kalós,’- e o Bem- ágatós’. A aristocracia,segmento de não mais que 15% da população grega e, que era a única que tinha a dignidade cidadã se contentava: “com o fato de ser um homem belo e bom.” Essa bondade,contudo, se fundamentava e se alimentava de privilégios o que não só na Grécia,mas em outras culturas foi vista com suspeição. Eis o que recomendou o São Paulo na II Tes 3,6 “Intimamos irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que eviteis a convivência de todo irmão que leve vida ociosa e contrária à tradição que de nós tendes recebido.” Nos vv 10 e 11 chama-os de ‘vadios’ e diz que “quem não quer trabalhar, não têm o direito de comer.”
O ‘lazer’ tem uma conotação de direito adquirido. Ele é um ‘tempo em que se pode livremente dispor, uma vez cumprido os afazeres habituais. Entretenimento, distração, recreio’... Isso é um direito, faz bem, naturalmente, a quem cumpriu jornadas de trabalho, como quem, enquanto cumpria um dever, adquiria, concomitantemente, um direito.
Se você já está de férias, ou em breve vai usufruí-las, faça isso com sabedoria e proveito, de forma prazerosa e livre. Se afaste do ativismo e da correria que ditam as atividades rotineiras do dia a dia de seu trabalho ou atividades laboriosas. Essa rotina obriga seu cérebro a uma aceleração de informação com freqüência de 13 a 21 ciclos/s. É o que os peritos da área chamam de freqüência BETA, responsável por desgaste energético apreciável. Férias é p’ra gente entrar na freqüência ALFA de apenas 8 a 12 ciclos/s. Relaxe, mate as saudades, encontre-se com a mãe natureza, faça o que gosta e desterre as preocupações vãs. Se viajar, leve consigo sua capacidade de amar, sua liberdade, sua fé, porque ela dá um gosto recheado de plenitude. Diz Santo Agostinho: “Ama e faze o que quiseres”.
Em sua encíclica: ‘Dies Domini’- Dia do Senhor - n°66, João Paulo II, como que nos recicla, escreveu: “E, no contexto histórico atual, permanece a obrigação de trabalhar para que todos possam conhecer a liberdade, o descanso e o relax necessário à sua dignidade de homens, com as relativas exigências religiosas, familiares, culturais, interpessoais, que dificilmente podem ser satisfeitas, se não for salvaguardado pelo menos um dia semanal para gozarem juntos da possibilidade de repousar e fazer festa.” Umas férias ricas em experiências realizadoras!
O que veio se consolidando em termos de direitos e deveres é resultado de lutas, negociações e conquistas que aconteceram, em tempos e espaços culturais muito diferenciados e conflituosos, com destaques para a presença decisiva de fatores: míticos, cívicos ou religiosos. O Gênesis fundamenta, em Deus mesmo, a necessidade de pouso, após a Sua jornada criadora de uma semana: “No último dia, Deus concluiu toda a obra que tinha feito; no sétimo dia repousou de toda a obra que fizera.” (Gên. 2,2-3).
Neste artigo se concebe férias como: ‘ Certos números de dias consecutivos destinados ao descanso de funcionários, empregados, estudantes etc, após um período anual ou semestral de trabalho ou atividades.
Já o ‘ócio’, também descanso, vagar, implica mais desocupação, indolência, preguiça, apresentando conotação pejorativa. Os gregos chamavam de ‘ócio útil’ um tipo de educação artística e esportiva, mais que intelectual e técnica, dada à aristocracia de Atenas, orientada para a estética, à política, com que a nobreza desocupada, preenchia seu tempo. Cultivava o Belo- ‘kalós,’- e o Bem- ágatós’. A aristocracia,segmento de não mais que 15% da população grega e, que era a única que tinha a dignidade cidadã se contentava: “com o fato de ser um homem belo e bom.” Essa bondade,contudo, se fundamentava e se alimentava de privilégios o que não só na Grécia,mas em outras culturas foi vista com suspeição. Eis o que recomendou o São Paulo na II Tes 3,6 “Intimamos irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que eviteis a convivência de todo irmão que leve vida ociosa e contrária à tradição que de nós tendes recebido.” Nos vv 10 e 11 chama-os de ‘vadios’ e diz que “quem não quer trabalhar, não têm o direito de comer.”
O ‘lazer’ tem uma conotação de direito adquirido. Ele é um ‘tempo em que se pode livremente dispor, uma vez cumprido os afazeres habituais. Entretenimento, distração, recreio’... Isso é um direito, faz bem, naturalmente, a quem cumpriu jornadas de trabalho, como quem, enquanto cumpria um dever, adquiria, concomitantemente, um direito.
Se você já está de férias, ou em breve vai usufruí-las, faça isso com sabedoria e proveito, de forma prazerosa e livre. Se afaste do ativismo e da correria que ditam as atividades rotineiras do dia a dia de seu trabalho ou atividades laboriosas. Essa rotina obriga seu cérebro a uma aceleração de informação com freqüência de 13 a 21 ciclos/s. É o que os peritos da área chamam de freqüência BETA, responsável por desgaste energético apreciável. Férias é p’ra gente entrar na freqüência ALFA de apenas 8 a 12 ciclos/s. Relaxe, mate as saudades, encontre-se com a mãe natureza, faça o que gosta e desterre as preocupações vãs. Se viajar, leve consigo sua capacidade de amar, sua liberdade, sua fé, porque ela dá um gosto recheado de plenitude. Diz Santo Agostinho: “Ama e faze o que quiseres”.
Em sua encíclica: ‘Dies Domini’- Dia do Senhor - n°66, João Paulo II, como que nos recicla, escreveu: “E, no contexto histórico atual, permanece a obrigação de trabalhar para que todos possam conhecer a liberdade, o descanso e o relax necessário à sua dignidade de homens, com as relativas exigências religiosas, familiares, culturais, interpessoais, que dificilmente podem ser satisfeitas, se não for salvaguardado pelo menos um dia semanal para gozarem juntos da possibilidade de repousar e fazer festa.” Umas férias ricas em experiências realizadoras!


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