segunda-feira, 27 de julho de 2009

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar.
É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes. Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos.
Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe... Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"
Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura. Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário.
O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã! Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas. Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores... Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa. Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam... Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem... Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena... Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade... Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo. Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo. Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida. Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito... A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..." Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões. Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma. Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)

Quem é Pe. Fábio de Melo?

Fábio José de Melo Silva nasceu na cidade de Formiga (Minas Gerais), no dia 4 de Abril de 1971, fruto da união de Dorinato Bias Silva e Ana Maria de Melo Silva, em uma família pobre: seu pai pedreiro e sua mãe dona de casa, tendo 7 irmãos. Ainda criança descobriu o seu dom e tratou de conduzí-lo para causa humanística, colocando o seu talento de cantor, compositor e poeta, a serviço do Reino de Deus.
O Sacerdócio
Após 16 anos de formação e estudos nos
seminários dehonianos, no dia 15 de Dezembro de 2001, em sua cidade natal, na Igreja Matriz de São Vicente Ferrér, foi ordenado sacerdote pela imposição das mãos e oração consecratória do Arcebispo Metropolitano de Palmas-TO, Dom Alberto Taveira Corrêa. Teve grande influência na sua vida seminarista, o padre Maurício Leão que o levou para o seminário de Lavras, e sua tia Ló. Na sua vida sacerdotal e espiritual tem como referência, além do padre Zezinho e do padre Joãozinho, o nosso saudoso padre Léo Tarcísio. Padre Fábio de Melo fez o primeiro grau na Escola Estadual Abílio Machado, em Formiga – MG, o segundo grau no colégio Nossa Senhora de Lourdes em Lavras – MG e o terceiro grau, em filosofia, na fundação Educacional de Brusque, em Santa Catarina. Formou-se em teologia na Faculdade Dehoniana em Taubaté, fez pós-graduação em educação no Rio de Janeiro e mestrado em Belo Horizonte, junto aos jesuítas, no Instituto Santo Inácio – ISI (FAJE: Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia). Em seguida, retornou a Taubaté, para lecionar na área de teologia fundamental e sistemática na mesma faculdade em que se havia formado.
Poesia e Música
Pe. Fábio de Melo faz questão de ressaltar que tudo o que escreve e faz é naturalmente
evangélico. Suas composições são poesias que trazem a linguagem da sensibilidade, com uma roupagem moderna e com ritmos bem atuais. A mensagem de Jesus Cristo é o viés de suas composições. Com total apoio da família e tendo como referencial padre Zezinho scj, precursor dos padres cantores desde a década de 60, padre Fábio de Melo lançou seu primeiro cd ainda no tempo de seminário, em 1997, com o título "De Deus um cantador". Em seguida "Saudades do Céu", com a participação de diversos artistas católicos, reunindo os cantores de sua congregação, como padre Zezinho e padre Joãozinho que colocaram no cd "Canta coração", um tributo ao Sagrado Coração de Jesus. Padre Fábio de Melo consolida-se cada vez mais como um dos atuais pilares da música católica. Ao receber a ordenação diaconal, compõe "As estações da vida", fazendo uma analogia às estações do ano e o processo de aproximação do ser humano com Deus. Já ordenado padre, em 2003, traz ao mercado o seu mais novo trabalho, "Marcas do eterno". O jovem padre Fábio de Melo concluiu seu mestrado em teologia sistemática e reflete neste cd seus últimos estudos em antropologia teológica sobre "O cotidiano como lugar de revelação". Segundo ele, "viver é deixar e receber marcas, já que todas as experiências da vida, sejam alegres ou tristes, sempre deixam marcas em nós". A faixa que empresta o nome ao cd "Marcas do eterno", é uma música que fala de maneira muito específica do modo consagrado de viver, que pode ser o de qualquer pessoa que tem uma religião e se relaciona com o transcendente de maneira espiritualista, descobrindo-se como um "Lugar de dignidade" ou "Como um solo sagrado". A música fala claramente de sua vocação.

O ipê à beira da estrada 20/07 - Pe. Fabio de Melo


Não quero perder a capacidade de admirar as belezas do mundo. O ipê florido à beira da estrada é um imperativo que reconheço bíblico. Nele há uma fala de Deus me pedindo calma. A sacralidade da vida ganhou voz em estruturas singelas, e solicita que eu me proste.
É santo o que os meus olhos enxergam. A cor amarela encontra moldura no azul dos contornos do céu. Ao longe, o verde completa o quadro. Paira sobre a cena um mistério raro, como se houvesse uma névoa a me recordar que a raridade da beleza é uma epfania divina.
O meu desejo é deixar de seguir o caminho que me leva ao meu destino. Impossibilitado da parada, ouso diminuir a marcha. Quero a cena dentro de mim. Ouso rezar a Deus que me permita registrar na memória a beleza que não posso aprisionar.
Olho para os que passam. A velocidade dos carros não permite que os seus ocupantes vejam o que vejo. Eles estão privados da mística que só pode ser compreendida quando os passos perdem a pressa. Estão ocupados demais com suas urgências práticas. É preciso chegar. Há muitas iniciativas a serem tomadas e o tempo não pode ser perdido.
Enquanto isso, o ipê se ocupa de sua florada amarela. Cumpre no tempo a proeza de ser um sentido oculto e deslumbrante para os distraídos que o percebem.
Nele há uma pequena parte da beleza do mundo que tive a graça de descobrir. E só por isso diminuí o ritmo da minha vida.
Olhei com calma para sua beleza e nele percebi o sorriso do Criador. Sorriso de Pai, que vez em quando, faz questão que seus filhos diminuam suas velocidades para uma breve brincadeira redentora.
Eu aceitei. Brinquei com Ele. Fiquei mais feliz!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Brasília - Encontro de Coordenadores Pedagógicos - RSE


Para quem quiser saber, RSE quer dizer Rede Salesiana de Escolas. Na foto estamos jantando, eu, a Vera (de óculos), a Aninha e não aparecendo nesta foto a Marcia...o garçom mirava com a camera pela barriga dele...só por Deus termos conseguido esta foto!!!

Férias: descanso, "ócio útil" ou lazer?

13/01/2008 - Tribuna do Norte

Padre Vicente Laurindo de Araújo - MSF

Na formação e desenvolvimento das civilizações que constituíram a história da humanidade a alternância entre tempo de trabalho e tempo de descanso é uma realidade demonstrável. Varia, apenas, o fator tempo: se o repouso é diário, semanal ou anual.

O que veio se consolidando em termos de direitos e deveres é resultado de lutas, negociações e conquistas que aconteceram, em tempos e espaços culturais muito diferenciados e conflituosos, com destaques para a presença decisiva de fatores: míticos, cívicos ou religiosos. O Gênesis fundamenta, em Deus mesmo, a necessidade de pouso, após a Sua jornada criadora de uma semana: “No último dia, Deus concluiu toda a obra que tinha feito; no sétimo dia repousou de toda a obra que fizera.” (Gên. 2,2-3).

Neste artigo se concebe férias como: ‘ Certos números de dias consecutivos destinados ao descanso de funcionários, empregados, estudantes etc, após um período anual ou semestral de trabalho ou atividades.

Já o ‘ócio’, também descanso, vagar, implica mais desocupação, indolência, preguiça, apresentando conotação pejorativa. Os gregos chamavam de ‘ócio útil’ um tipo de educação artística e esportiva, mais que intelectual e técnica, dada à aristocracia de Atenas, orientada para a estética, à política, com que a nobreza desocupada, preenchia seu tempo. Cultivava o Belo- ‘kalós,’- e o Bem- ágatós’. A aristocracia,segmento de não mais que 15% da população grega e, que era a única que tinha a dignidade cidadã se contentava: “com o fato de ser um homem belo e bom.” Essa bondade,contudo, se fundamentava e se alimentava de privilégios o que não só na Grécia,mas em outras culturas foi vista com suspeição. Eis o que recomendou o São Paulo na II Tes 3,6 “Intimamos irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que eviteis a convivência de todo irmão que leve vida ociosa e contrária à tradição que de nós tendes recebido.” Nos vv 10 e 11 chama-os de ‘vadios’ e diz que “quem não quer trabalhar, não têm o direito de comer.”

O ‘lazer’ tem uma conotação de direito adquirido. Ele é um ‘tempo em que se pode livremente dispor, uma vez cumprido os afazeres habituais. Entretenimento, distração, recreio’... Isso é um direito, faz bem, naturalmente, a quem cumpriu jornadas de trabalho, como quem, enquanto cumpria um dever, adquiria, concomitantemente, um direito.

Se você já está de férias, ou em breve vai usufruí-las, faça isso com sabedoria e proveito, de forma prazerosa e livre. Se afaste do ativismo e da correria que ditam as atividades rotineiras do dia a dia de seu trabalho ou atividades laboriosas. Essa rotina obriga seu cérebro a uma aceleração de informação com freqüência de 13 a 21 ciclos/s. É o que os peritos da área chamam de freqüência BETA, responsável por desgaste energético apreciável. Férias é p’ra gente entrar na freqüência ALFA de apenas 8 a 12 ciclos/s. Relaxe, mate as saudades, encontre-se com a mãe natureza, faça o que gosta e desterre as preocupações vãs. Se viajar, leve consigo sua capacidade de amar, sua liberdade, sua fé, porque ela dá um gosto recheado de plenitude. Diz Santo Agostinho: “Ama e faze o que quiseres”.

Em sua encíclica: ‘Dies Domini’- Dia do Senhor - n°66, João Paulo II, como que nos recicla, escreveu: “E, no contexto histórico atual, permanece a obrigação de trabalhar para que todos possam conhecer a liberdade, o descanso e o relax necessário à sua dignidade de homens, com as relativas exigências religiosas, familiares, culturais, interpessoais, que dificilmente podem ser satisfeitas, se não for salvaguardado pelo menos um dia semanal para gozarem juntos da possibilidade de repousar e fazer festa.” Umas férias ricas em experiências realizadoras!